É POSSÍVEL
CONCEBER BIBLICAMENTE A IDEIA DE UM PASTOR HOMOSSEXUAL?
A discussão quanto a aceitação e inserção dos homossexuais
na igreja tem sido muito debatida hoje. Temos basicamente duas vozes distintas nesta
questão: os que defendem a naturalidade desta postura, e as outras que são
totalmente opostas a isto. Por esta razão existem “igrejas” hoje que não
veem nenhuma dificuldade quanto ao ser homossexual, por isso têm pastores homossexuais.
Entretanto, questiono: será que a Escritura Sagrada apoia isto?
Minha resposta neste sintético artigo não tem
como objetivo depreciar o ser humano ou até mesmo defender o ódio insaciável,
mas simplesmente mostrar o que a santa PALAVRA de DEUS ensina, sob os
olhos da exegese bíblico-reformada.
No NT basicamente se usa duas
palavras para definir os parâmetros quanto ao exercício pastoral: “epískopos (evpi,skopoj) e presbýteros (presbu,teroj)”.
A primeira aparece 5 vezes em todo NT
(At.20.28; Fp.1.1; 1Tm.3.2; Tt.1.7; 1Pe.2.25) e a segunda 66 vezes.[1]
Com isto é possível observar um quadro geral de usos.
Quanto a questão de tradução a
luz dos textos expostos podemos pensar em “epískopos” como “alguém que é responsável
por cuidar, um guardião ou guardador”. Esta é a ênfase de 1Pe.2.25 onde Cristo
aparece como “epískopos”. Existe outra forma de entender esta função, ligando serviço
e liderança, assim a responsabilidade cuidar das necessidades de uma
congregação e a direção das atividades dos membros da igreja está em foco.[2]
Interessante quanto as delimitações dos parâmetros do “epískopos”
é que deve “ser casado com uma só mulher” e tenha filhos sob
disciplina (1Tm.3.2-5 em
associação com 5.9). Assim um “epískopos” casado com a pessoa do mesmo sexo não
seria de forma nenhuma possível. Primeiro por que o próprio gênero da
palavra é masculino e os filhos são gerados pelo princípio da sexualidade
estabelecida na criação (Gn.1.18,24). O mesmo acontece com o “presbýteros” que
tem dois significados: um adulto do sexo masculino que tem uma idade avançada
(Lc.1.18) e uma pessoa que está investida de responsabilidades e autoridade [...]
no contexto cristão. Nas chamadas epístolas pastorais (1Tm; 2Tm e Tt) “presbýteros”
aparece 5 vezes. Com distinção de sexualidade em 1Tm.5.1,2 e apontando para o
líder da igreja (1Tm.5.17,19 associado a 3.2).
Portanto não temos provas
bíblicas para defender a existência de um pastor homossexual. Estes líderes
foram criados recentemente como
resposta a sã doutrina (2Tm.4.1-3). Os ouvidos que não querem aceitar a pregação
da Palavra, entende a verdade do Evangelho deve se acomodar a subjetividade
humana e não o contrário. Não existe a mínima possibilidade de se pensar em
pastores homossexuais, se partimos da
Escritura Sagrada.
[1] Mt.15.2; 16.21; 21.23; 26.3,47,57;
27.1,3,12,20,41; 28.12; Mc.7.3,5; 8.31; 11.27; 14.43,53; 15.1; Lc.7.3; 9.22;
15.25; 20.1; 22.52; Jo.8.9; At.2.17; 4.5,8,23; 6.12; 11.30; 14.23; 15.2,4,6,22,23;16.4;20.17;21.18;
23.14; 24.1; 25.15; 1Tm.5.1,2,17,19; Tt.1.5; Hb.11.2; Tg.5.14; 1Pe.5.1,5; 2Jo.1;
3Jo.1; Ap.4.4,10; 5.5,6,8,11,14; 7.11,13; 11.16; 14.3;19.4.
[2] LOUW
Johannes; NIDA Eugene. Léxico
Grego-Português do Novo Testamento. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil,
2013, p.482.